
Quando criei o Dia de Beauté eu já maquiava. Na época não era comum você ver (ou ser) um maquiador/produtor de conteúdo, e eu já tinha o blog, era freela da Vogue e trabalhava no site Chic da Gloria Kalil. Não era tão usual ter essa coisa multifacetada – blogueira, repórter e maquiadora, como no meu caso. E por conta disso, acabei nunca falando muito sobre essa terceira (!) carreira.
Eu era maquiadora para eventos sociais e ia até a casa das pessoas para arrumá-las para festas, casamentos e por aí vai. Tudo começou de forma bem natural, no boca a boca. Eu sempre maquiava minhas amigas – para as muitas festas de 15 anos que a gente tinha (saudades dessa época!) – e também minha mãe, que lá pelas tantas percebeu que eu levava jeito. Então, as amigas dela começaram a perguntar: “Ah, a Victoria faz maquiagem, será que ela pode me arrumar também?” E foi assim: tudo começou como um hobby e minha clientela foi crescendo aos poucos.
Como eu tinha um trabalho full time na redação do Chic basicamente maquiava na sexta à tarde e no sábado, quando as pessoas mais tinham eventos pra ir. E era um agito minha vida, vocês imaginam, né? Tinha dias que eu saía para maquiar às onze da manhã e voltava para casa às onze da noite, indo de casa em casa com minha mala. Era uma loucura, mas eu amava demais e aprendi muita coisa maquiando as pessoas.