Ladrões assaltam Louvre em plena luz do dia e roubam joias da Coroa francesa

Ladrões assaltam Louvre em plena luz do dia e roubam joias da Coroa francesa

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Por

AFP

Publicado em



20 de outubro de 2025

No domingo, 19 de outubro, mal o Louvre abriu, três ou quatro ladrões munidos de ferramentas elétricas invadiram o museu em plena luz do dia, demorando apenas sete minutos para se apoderarem de algumas das joias da Coroa de França de valor incalculável, mas deixaram cair, na fuga, uma coroa cravejada de pedras preciosas, disseram responsáveis e fontes. A joia pertenceu à última imperatriz dos franceses, Eugênia do Montijo, que também assinava Portocarrero. As autoridades recuperaram a coroa neoclássica, do século XIX (danificada), nas imediações do museu.

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Aliás, as oito joias roubadas cravejadas de milhares de pedras preciosas, a maioria diamantes, faziam parte da coleção pessoal desta última imperatriz francesa, mulher de Napoleão III. Ainda não foram recuperadas.

Os objetos roubados incluíam uma tiara, um colar e um par de brincos de safiras azuis do conjunto de Marie Amélie de Bourbon, rainha de França por casamento com Luís Filipe I, e de Hortênsia de Beauharnais, rainha da Holanda como mulher de Luís Bonaparte, irmão de Napoleão. De acordo com a descrição no site do Louvre, a peça principal do conjunto, a tiara, é composta por 24 safiras e mais de mil diamantes. Este conjunto, modificado ao longo do tempo, foi usado sucessivamente pelas referidas rainhas e Isabel de Orleães, princesa francesa da Casa de Orleãs, quinta filha do príncipe Filipe, Conde de Paris. Permaneceu na família Orleãs até 1985.

Outros dois elementos de um adereço de esmeraldas e diamantes oferecido por Napoleão Bonaparte à sua segunda mulher, Marie Louise, foram roubados: o colar e os brincos foram levados pelos assaltantes e ficou para trás uma tiara e um pente. O colar é composto por 32 esmeraldas, incluindo 10 em formato de pera e 1.138 diamantes.

Foram ainda roubadas duas presilhas, uma delas conhecida como ‘alfinete relicário’, composta por dois grandes diamantes e quatro diamantes mais pequenos, incluindo vários brilhantes. A segunda era uma joia em formato de laço, com duas voltas e laterais dobradas, contando com um total de 2.438 diamantes. Em suma: uma ‘laça portuguesa’ do século XVIII usada como pendente, alfinete ou brincos o formato de um laço. Note-se que privava com Eugênia de Montijo, o escritor português Antônio Augusto Teixeira de Vasconcellos, viúvo de uma prima da imperatriz, Antônia de Portocarrero.

Os assaltantes conseguiram levar ainda uma segunda tiara de prata e cravada a diamantes e pérolas, feita para a imperatriz Eugênia logo após o casamento com Napoleão III. 

O impressionante assalto, um dos vários que tiveram como alvo museus franceses nos últimos meses, obrigou ao encerramento do Louvre, o museu mais visitado e seguro do mundo, onde está exposta a Mona Lisa e a Vitória de Samotrácia, para citar algumas obras emblemáticas. Pareceu até ter inspirado na série francesa da Netflix, ‘Lupin’, retratando um roubo arquitetado no próprio Louvre.

O grupo de criminosos invadiu o local disfarçadamente por volta das 9h30 (hora local), levando joias de valor ainda não estimado.

A polícia está à procura de uma equipe de quatro ladrões, disse a procuradora-chefe de Paris, Laure Beccuau, ao canal BFMTV.

Soldados patrulharam a entrada da famosa pirâmide de vidro, enquanto os visitantes evacuados, turistas e transeuntes eram mantidos à distância, atrás das fitas da polícia.

Foi “como um filme de Hollywood”, disse à AFP uma turista americana, Talia Ocampo. “Uma loucura” e “algo que não vamos esquecer — não pudemos ir ao Louvre porque houve um assalto”, acrescentou.

Segundo um comunicado do Ministério da Cultura, oito peças de joalheria foram roubadas da Galerie d’Apollon, que alberga as joias da Coroa Francesa.

“Duas vitrinas de alta segurança foram visadas e oito objetos de patrimônio cultural de valor inestimável foram roubados”, refere o comunicado do ministério.

Beccuau informou que os ladrões ameaçaram os guardas do museu com as ferramentas elétricas que usaram para arrombar as vitrinas de joias. Segundo esta, uma equipe de 60 investigadores foi destacada para a investigação.

De acordo com as fontes e responsáveis, os ladrões utilizaram um elevador de mudanças motorizado e extensível — do tipo utilizado para içar mobiliário em edifícios — para entrar numa galeria dourada onde se encontram as joias.

A coroa da Imperatriz Eugênia, do século XIX, foi encontrada partida perto do museu, frisou uma fonte que acompanhou o assalto, pedindo anonimato por não estar autorizada a falar com os meios de comunicação social.

O jornal Le Parisien identificou-a como sendo a coroa da Imperatriz, com águias douradas, adornada com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, segundo o site do museu.

O Ministro do Interior, Laurent Nuñez, reforçou que os ladrões tinham usado o elevador de mudanças para roubar objetos de “valor incalculável” de duas vitrines na Galerie d’Apollon (“Galeria de Apolo”) do museu.

Os ladrões chegaram entre as 9h30 e 9h40 (07h30 e 07h40 GMT), continuou a fonte que acompanha o caso, pouco após o museu ter aberto ao público às 9 horas.

Segundo uma outra fonte policial, os assaltantes chegaram de scooter, armados com rebarbadoras, e utilizaram o elevador de mudanças para entrar no Louvre, confirmou.

Uma testemunha chamada Samir, que andava de bicicleta nas proximidades na altura, declarou ao canal TF1 que viu dois homens “subirem ao elevador de mudanças, partirem a janela e entrarem… demoraram 30 segundos”.

Afirmou ainda que viu quatro deles saírem em seguida, em scooters, e chamou a polícia.

O roubo descarado ocorreu a apenas 800 metros da sede da polícia de Paris.

A direção do Louvre declarou à AFP que o encerramento se deveu ao fato de querer “preservar vestígios e pistas para a investigação”.

O diretor da casa de leilões Drouot destacou à emissora LCI que temia que as joias fossem divididas em gemas e metais preciosos para serem vendidas, uma vez que seriam “completamente invendáveis no seu estado atual”.

O Louvre foi o palácio-sede dos reis franceses até que Luís XIV o abandonou a favor de Versalhes no final do século XVII.

É o museu mais visitado do mundo, tendo no ano passado acolhido nove milhões de pessoas nos seus extensos corredores e galerias.

Nuñez, o antigo chefe da polícia da capital que se tornou Ministro do Interior na semana passada, disse estar ciente de “uma grande vulnerabilidade” na segurança dos museus em França.

No mês passado, criminosos usaram uma esmerilhadeira para invadir o Museu de História Natural de Paris, fugindo com amostras de ouro no valor de 600.000 euros (700.000 dólares).

No início do mês, os ladrões roubaram dois pratos e um vaso de um museu na cidade central de Limoges, com prejuízos estimados em 6,5 milhões de euros.

No ano passado, quatro ladrões roubaram caixas de rapé e outros artefatos de outro museu de Paris, arrombando uma vitrine com machados e tacos de basebol.

Mas os roubos no Louvre têm sido mais raros.

Uma pintura do pintor francês Camille Corot desapareceu do museu em 1998 e nunca mais foi recuperada.

Em 1911, um trabalhador italiano do museu roubou a Mona Lisa, mas esta foi recuperada e se encontra atualmente atrás de um vidro de segurança.

Em janeiro, o presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu que o Louvre seria remodelado, depois de o seu diretor ter manifestado alarme quanto às péssimas condições no seu interior.

Dati disse também, no domingo, que novas medidas de segurança fariam parte do plano de renovação do museu.

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