A ciência por trás da conexão mente e pele

A ciência por trás da conexão mente e pele

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Ao mesmo tempo que se trata do limite entre o corpo e o universo, a pele também funciona como uma janela para o nosso interior. Por isso, a manifestação da beleza natural vai além do uso de cosméticos ou da realização de procedimentos estéticos. Ela é o reflexo do nosso bem-estar geral e envolve a saúde física, emocional e mental.

Continue a leitura para entender como se estabelece a conexão mente e pele, quais são os fatores que interferem nessa relação e dicas práticas para manter o corpo e a mente em harmonia.

Como acontece a conexão entre mente e pele?

As células da pele e as do sistema nervoso compartilham a mesma origem durante o desenvolvimento embrionário, ou seja, elas têm uma ligação comum desde o comecinho da nossa vida, lá no útero.

Essa relação biológica se reflete em como a pele responde a fatores fisiológicos e emocionais ao longo da vida, como o estresse ou a felicidade. Por isso, a ideia de que a mente e as emoções influenciam a saúde cutânea não é apenas uma teoria. Há evidências científicas que demonstram como essa relação ocorre, assim como seus efeitos.

O estresse e as emoções na pele

Quando estamos sob estresse, nosso cérebro envia sinais para o corpo entrar em modo “alerta”. Esse processo envolve uma “linha de comando” chamada eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) que ativa os sistemas nervoso e endócrino e libera substâncias químicas para ajudar o corpo a responder a esse desequilíbrio.

No caso da pele, a reação ao estresse envolve células do sistema imunológico, hormônios (principalmente o cortisol) e outras substâncias químicas do corpo. Essas células ajudam a controlar inflamações na pele, equilibrando efeitos que podem aumentar ou diminuir essa reação.

Por isso, entre os sintomas que podem ser desencadeados ou piorados pelo estresse e a ansiedade estão a acne, a rosácea, a psoríase, a dermatite atópica, entre outras. Além disso, o estresse crônico pode afetar a capacidade da pele de se regenerar, comprometendo a barreira cutânea, dificultando o processo de cicatrização e favorecendo o envelhecimento precoce.

A influência dos hormônios

Os hormônios atuam como mediadores-chave na conexão entre mente e pele. Curiosamente, as células cutâneas, como os queratinócitos (células que formam a camada externa da pele) e os fibroblastos, também respondem aos hormônios do estresse, mostrando que a pele está conectada ao sistema nervoso.

Isso acontece porque essas células possuem “antenas” (receptores) para neurotransmissores, como adrenalina, dopamina e histamina, que podem ativar ou influenciar as reações cutâneas, como a renovação celular.

Logo, em condições como dermatite atópica, psoríase e acne, o estresse pode piorar os sintomas porque o corpo reage de forma exagerada, aumentando a inflamação. Esse desequilíbrio também interfere na produção de serotonina, o que pode explicar a ligação entre doenças de pele e sintomas como ansiedade ou depressão, resultando em um ciclo vicioso. Ou seja, o estresse prejudica a pele e os problemas na pele podem aumentar o estresse.

O sono da beleza

Outro fator que pode ser afetado pelo estresse é o sono, essencial para a saúde mental e física, incluindo a pele. Com certeza você já ouviu a expressão “sono da beleza”, certo? Ela está relacionada ao processo de regeneração e reparação celular que a pele passa durante à noite, responsável por revigorar e melhorar a sua aparência, além de restabelecer as fibras de colágeno perdidas. 

E nem precisa ficar muitas noites sem dormir para observar os efeitos, como mostra uma pesquisa sobre o impacto da restrição do sono nos parâmetros da pele e na aparência facial, realizada com 24 mulheres saudáveis, com idades entre 30 e 55 anos. De acordo com o estudo, uma restrição de sono de apenas duas noites é o suficiente para identificar alterações importantes na hidratação, na perda de água transepidérmica, na elasticidade, no pH e na luminosidade da pele e nas olheiras.

Ainda, sobre o sono e a aparência cutânea, outro estudo realizado com 60 mulheres saudáveis avaliou como a má qualidade do sono afeta o envelhecimento da pele. Os resultados indicaram o aumento nos sinais de envelhecimento, como rugas, linhas finas e olheiras, redução da função de barreira e menor satisfação com a aparência. 

O eixo intestino-pele

A microbiota intestinal também desempenha um papel vital na regulação do sistema imunológico, além da digestão e da proteção do organismo contra patógenos. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio nesse microbioma, devido ao estresse ou a dietas inadequadas, o corpo pode apresentar algumas reações que impactam na homeostase intestino-pele.  

Essas reações variam desde problemas gastrointestinais até o desenvolvimento ou agravamento de condições de pele como acne, rosácea, psoríase, dermatite atópica, entre outras.

Quais são os sinais quando há um desequilíbrio entre mente e pele?

Resumindo, quando a mente e o corpo não estão interagindo da forma como deveriam, os sinais desse desequilíbrio refletem na aparência e na saúde cutânea. Entre eles estão:

  • pele sem brilho ou opaca;
  • função de barreira prejudicada;
  • aumento de oleosidade ou ressecamento;
  • sensibilidade elevada;
  • cicatrização lenta;
  • sinais de envelhecimento mais aparentes;
  • acne e irritações recorrentes;
  • surgimento ou agravamento de doenças de pele.

Esses sinais podem ser tratados de diversas formas, mas muitas vezes indicam que algo precisa ser ajustado no equilíbrio entre corpo, mente e emoções.

Como equilibrar corpo e mente para beneficiar a pele?

Uma área interdisciplinar da medicina que estuda a relação entre as condições da pele e os fatores psicológicos e emocionais é a psicodermatologia. Ela combina elementos da dermatologia e da psicologia para compreender como o estresse, a ansiedade, a depressão e outros fatores emocionais podem afetar a saúde da pele, e vice-versa.

Com uma abordagem holística, a psicodermatologia considera técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental e mudanças no estilo de vida, além do uso de medicamentos (quando necessário), como forma de tratamento para condições de pele associadas a questões psicológicas.

A tendência “NeuroGlow”

Nesse contexto também surge o “NeuroGlow”, um conceito que está ganhando força ao unir neurociência e cuidados com a pele. Ele sugere uma abordagem mais ampla de beleza, considerando que ela começa no bem-estar mental.

Aqui, produtos como os neurocosméticos e rotinas que estimulam sensações positivas, reduzem o estresse e promovem relaxamento ganham espaço. Elas ajudam tanto na aparência quanto no equilíbrio emocional, reforçando a ideia de que a saúde da pele depende tanto de fatores externos quanto internos e criando uma experiência de autocuidado mais completa.

3 dicas para restabelecer o equilíbrio entre mente e pele

Como sugere a psicodermatologia, restabelecer esse equilíbrio envolve cuidar da pele de forma holística, incluindo práticas que promovam o bem-estar físico e mental. Entre elas:

1. Adotar rotinas de skincare e bodycare (e transformá-las em rituais de conexão sempre que possível)

Essa é uma forma poderosa para equilibrar a conexão entre mente e pele, transformando cuidados diários em momentos de autocuidado e bem-estar. Práticas como essas permitem uma pausa na correria do dia a dia, proporcionando instantes de atenção plena e relaxamento, enquanto o toque dos dedos e a textura agradável dos produtos criam experiências sensoriais que estimulam os sentidos.

Além disso, o ato de cuidar da pele e do corpo promove uma sensação de autocontrole e autoestima, ajudando a aliviar o estresse e melhorando a comunicação entre o sistema nervoso e a saúde da pele. Essa prática diária não apenas melhora a aparência física, mas também fortalece o vínculo emocional com o próprio corpo.

2. Cuidar da sua pele e do seu corpo também de dentro para fora

Se a pele é o reflexo do que acontece dentro do organismo, adotar uma alimentação saudável e rica em nutrientes é essencial para o bem-estar do corpo como um todo, bem como para revelar a sua beleza natural.

Cuidados como manter uma alimentação equilibrada e a ingestão adequada de água podem contribuir para fortalecer a pele, reduzir inflamações, combater os efeitos do estresse, como o surgimento de linhas de expressão, entre outros benefícios. Ainda, os nutricosméticos podem ser grandes aliados da nutrição da pele de dentro para fora, potencializando os resultados dos cosméticos de uso tópico.

3. Dar atenção à saúde física e mental

Para complementar, práticas como meditação, atividade física, momentos de descanso e rotina de sono adequada contribuem para equilibrar os hormônios e melhorar a saúde mental, reduzindo impactos negativos sobre a pele, como acne e sensibilidade. Esse cuidado integrado ajuda a criar um ciclo positivo, no qual um corpo nutrido e equilibrado favorece uma mente mais tranquila e uma pele mais saudável.

Por fim, é possível restaurar o equilíbrio entre mente e pele com pequenas mudanças, como incorporar técnicas de atenção plena nos seus momentos de autocuidado. Nesse sentido, que tal saber mais sobre Mindful Skincare Routine? Entenda os benefícios dessa prática e como incluir na sua rotina para manter uma pele saudável e radiante todos os dias.



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